terça-feira, 19 de janeiro de 2010

DEZENVOUVIMENTO DO CORRICHIADO

DESENVOLVIMENTO DO CORRICHADO – II
Considerações:
É verdade, um filhote praticamente inutiliza o
outro durante o aprendizado coletivo, o aprendizado
deve ser individualizado. É fato conhecido de todos há
muito tempo que os filhotes de Curiós ao atingirem os
quatro meses de idade (se geneticamente
aprimorados) estão com o canto completamente limpo
de “Corrichados” expressam-se apenas com assovios e
conjuntamente desenvolvem o temperamento com o
surgimento dos primeiros sinais de “Territorialismo”.
São territorialistas e é nesta fase que surgem os
primeiros aspectos desta característica, dentre eles as
disputas de canto que leva um filhote a emitir um
pequeno fragmento do canto para em seguida calasse,
esperando a resposta dos demais, uma vez implantada
esta disputa entre eles, ficam inutilizados para sempre,
pois, adquirem o vicio de cantar fragmentos do dialeto
ministrado, desinteressando-se pelo aprendizado e pela
repetição não se desenvolvendo prejudicados pela
troca de canto que se instala entre eles. Basta que um
filhote execute um fragmento para que todos os outros
interajam imediatamente com outro fragmento que
com o passar do tempo se impregnam de vícios tais
como “Gritos de Guerra” do tipo “Voiaquil”
“Rinharinha” “Viviu” “Remrem” “Lecoleco” “Chauchau-
Vi” ou Serradas etc. Como forma de demolir o
temperamento dos companheiros da estante ou
prateleira até que se estabeleça uma liderança no
grupo. Reside aí nesta fase, o aspecto determinante do
insucesso de todo o trabalho da maioria dos criadores
que não dispõem de espaço para individualizar as
Instruções de Canto e por este motivo “Discordam por
Discordar” é que lhes faltam à base da observação, que
dá consistência a metodologia científica.
Os esclarecimentos destas questões dependem do
nível de conhecimento dos aspectos aqui tratados por
parte dos criadores pois, a metodologia a ser aplicada
depende muito da base de informações e conhecimento
principalmente dos comportamentos “Espontâneos na
Natureza”
Tenho baseado todo o meu trabalho nas
observações que fiz e faço dos Curiós na Natureza,
ainda abundantes em alguns “Sítios Ecológicos
Preservados” da nossa região Sul da Bahia, não me
baseio nos estudos de nenhum pesquisador nem
ensinamentos sejam eles quais forem, principalmente
se destoam das minhas observações, eu divulgo a
minha experiência única e exclusivamente e toda ela é
fruto de observação da “Natureza” ou dos
experimentos que empreendo para formar minha
opinião. Só concordo quando comprovo plenamente os
fatos, não me importa de onde venha a informação,
para mim ela será verdadeira se eu puder por em
prática e comprovar caso contrário fica como
informação genérica a comprovar. Era este o
esclarecimento que queria fazer.
Tenho observado em vida Silvestre que os filhotes
de Curió ficam independentes dos pais quando
completam algo em torno de 30 dias de nascidos, e
permanecem no seu convívio por mais 15 dias quando
se intensifica o “Corrichar” que ao se instalar passa a
incomodar o pai que os expulsa do “Território”. Nesta
fase os filhotes expulsos dos diversos territórios se
agrupam em bandos para a prática do “Corrichar” e,
parecem buscar as margens dos Regatos, (aí são
encontrados) Corredeiras e Cachoeiras para se
estimularem, e desta forma desenvolverem um
corrichar intenso. Nesta fase já se encontram com o
Dialeto do Pai completamente Vetorizado (vetorização
espontânea ocorrida durante o período de dependência
dos pais) dependendo apenas do desenvolvimento
Seringial para produzirem os primeiros assovios, o
período do “Corrichar” é variado entre os filhotes que
também possuem idade variada dentro do bando, logo
acreditamos que o período do “Corrichar” em filhotes
de Curiós Selvagens dure cerca de 6 meses, (período
este reduzido para metade com a estimulação e o
aprimoramento Genético em domesticidade) logo,
temos convicção de que durante o “Período do
Corrichar” os filhotes não vetorizam absolutamente
nada em termos de informação canora pois já o fizeram
com a “Vetorização Espontânea” durante o convívio
com os pais, agrupam-se para Corrichar e buscam
estímulos na própria natureza, daí as minhas
preocupações com o estímulos do Corrichar em
domesticidade. Estamos convencidos de que o corrichar
nada mais é que exercícios de desenvolvimento da
“Seringe” ou melhor, das membranas seringiais em
número de duas para a produção dos assovios. A
medida que surgem os assovios o “Bando”’
automaticamente se desfaz por motivos Territorialistas.
Temos observado, que os filhotes em fase de Abertura
dos Assovios procuram os trechos mais barulhentos do
Rio para Assoviar, é como se buscassem uma proteção
aos assovios dos outros companheiros que também se
comportam da mesma forma originando-se aí o
princípio dos Territórios.
Observamos que, mesmo na natureza, os filhotes
buscam o isolamento no barulho das águas das
Cachoeiras para Abrirem Os Assovios, é a proteção
natural, e como fica em domesticidade?
Esta é a nossa observação da “Natureza” contudo
cabe ressaltar duas linhas distintas de conduta por
parte do criador na domesticidade da criação. As
limitações (escassez) de espaços para desenvolver a
contento o acompanhamento e lapidação do canto dos
filhotes nos obrigam a duas linhas distintas de conduta.
1. Primeira Linha
Confinamos os filhotes provenientes de
ninhadas especiais conjuntamente com a sua mãe
a partir do 16° (décimo sexto) dia de vida (logo
após a saída do ninho) em Caixas, Cabines ou
Gabines de Vetorização com ventilação mecânica e
sonorização embutida controlada por Timer,
sensores ou Computador. Ministramos as
Instruções de canto de nossa preferência mediante
CD-R DIDÁTICO DE INSTRUÇÃO e específico para
tal finalidade. Recomendamos a leitura dos
seguintes artigos disponibilizado no Site:
www.curioonline.hpg.com.br
• VETORIZAÇÃO EM FILHOTES DE CURIÓ
• CONFINAMENTO VISUAL DO CURIÓ
• CRITÉRIOS DE SELEÇÃO & CONCEITOS
Ao completarem trinta dias de nascidos, os filhotes
confinados já se encontram completamente vetorizados
(este período corresponde à permanência dos mesmos
junto aos pais em vida Silvestre). Devem em seguida
ser apartados encapados e confinados. Segundo o
artigo CONFINAMENTO VISUAL DO CURIÓ.
2. Segunda Linha:
Procedemos de forma idêntica a primeira “Linha”
quanto à “Vetorização de Canto”, contudo os filhotes
por motivo da quantidade e dos custos financeiros
(investimento) do espaço necessário ao
confinamento, são encaminhados para uma
prateleira a onde ficam em grupo isolados
visualmente porem compartilhando da mesma
instrução de Áudio e escutando-se mutuamente
durante todo o “Corrichado”, ora, sabemos que o
corrichado é um exercício, (estamos convencidos
disto) e que neste período não ocorrem vetorizações,
sabemos ainda que o corrichado de um filhote
estimula o do outro e que buscam o som das águas
para se estimularem, sabemos ainda que sendo o
corrichado um exercício, quanto mais se praticar
melhor, porque mais rapidamente abrirão os
assovios possibilitando a formação do canto em
tempo recorde. Devemos apenas evitar o “cantar
sem fim” de alguns “Filhotes Especiais” na fase de
ABERTURA DOS ASSOVIOS. À medida que a Seringe
começa a ser capas de produzir assovios uma
sobrecarga provocará a temida “ROUQUIDÃO” do
filhote muito freqüente, podendo leva-lo inclusive a
morte.
Devemos ficar atentos ao desenvolvimento do
Corrichado, que dura de 45 a 90 dias em filhotes
aprimorados, precisamos observar o surgimento dos
primeiros assovios para efetuarmos a identificação
do filhote e a sua exclusão do grupo, pois inicia a
abertura dos assovios e neste momento
procederemos ao confinamento, estes cuidados são
indispensáveis. Caso não se faça de imediato,
instalar-se-ão no grupo os mencionados aspectos
TERRITORIALISTAS anteriormente mencionados
inutilizando todo o grupo. As disputas que se
instalarão com trocas de “Fragmento” de canto
inutilizará todo o grupo. Devemos acompanhar o
desenvolvimento da abertura dos assovios e a
lapidação do canto de forma individualizada, pela
própria observação da Natureza.
A afirmativa de que “O corrichado que estimula é
o mesmo que atrapalha” é totalmente equivocada e
não deve ser levada em conta, devemos observar os
acontecimentos, cada um em suas respectivas
épocas, Corrichado, Abertura de Assovios e
Formação de Canto.
Um forte abraço,
Gilson Barbosa – BA